quinta-feira, 30 de abril de 2015

DESCONSTRUÇÃO DO POEMA "CURTIRAM? de FERNANDA FERRAZ

Quantos de nós temos esta preocupação?
DESCONSTRUÇÃO DO POEMA " CURTIRAM? " de FERNANDA FERRAZ
A crônica da semana é “CURTIRAM?”
“Curtiram?” faz o leitor refletir sobre um tema atual que é o facebook e o uso desenfreado da tecnologia.
Além disso exponho na crônica a preocupação com o futuro das crianças e jovens em relação ao uso da nossa Língua Portuguesa, pois nas redes tudo é possível, tudo é abreviado, e a norma culta padrão cada vez mais aniquilada e esquecida. Acredito que um dia será fundamental na vida deles.
Não que eu seja contra o facebook. Também sou usuária e sei dos benefícios, principalmente profissionais, que ele proporciona. É incrível o poder de alcance do mesmo e isso sendo conduzido de forma positiva é maravilhoso.
A crônica tem como estilo o humor. Aliás uma das características da minha personalidade.
O uso da palavra “curtir”, tão usada no facebook, brinca com a questão central que é a exibição pura e o uso da tecnologia sobreposto ao convívio sócia: a realidade da vida.
A crítica está na raiz de usarmos a tecnologia à nosso favor e prazer sem nos esquecermos do contato físico, dos encontros reais, do telefone, do “ao vivo e a cores”.
Algumas curiosidades de vocubulário:
No dicionário informal a palavra curtir significa: desfrutar com grande prazer,aproveitar, tirar proveito ou vantagem, geralmente de alguma coisa boa, legal, interessante ou lucrativa. Gostar, adorar, ver e ouvir.
Já no dicionário formal curtir significa: tornar imputrescível e mais brando (couro, pelo); Preparar, pondo de molho em líquido adequado; Conservar em salmoura; Remolhar para extremar a parte filamentosa de (planta têxtil);Fermentar; Endurecer pela exposição às intempéries; Tornar-se calejado, endurecido, insensível; Aguentar, padecer, sofrer: “Curtir afrontas, censuras, penas. Em tua dor curtiu angústia imensa" (Barão de Paranapiacaba”. Passar ou viver sofrendo.
Que contradição! Só mesmo nossa língua portuguesa tão rica para possibilitar que uma palavra seja tão múltipla.
Mas vamos voltar à crônica em questão.
"A um toque dos dedos, longe do corpo inteiro... virtual do virtual…"
As crianças com maestria já suavizam seus dedos e baixam aplicativos com a maior facilidade.
O que questiono é o uso desenfreado da tecnologia e o consequente vício que esse uso pode acarretar nos pequenos. Questiono se quando adultos terão dificuldade em viver situações reais.
Participar do mundo. Viver a vida com alma e corpo presentes. Aprender e continuar aprendendo e disseminando aprendizado por onde passa.
Por isso prefiro a VOZ ATIVA.
A PASSIVA apenas assiste. Não se entrega a viver, a sofrer e a ter prazer. REAL E CONCRETAS.
Espero que brincando com as palavras, essa crônica possa de alguma forma transmitir que devemos sim usar a tecnologia atual e as futuras para nosso enriquecimento , prazer e trabalho, porém sem nos esquecermos do dia a dia real, dos momentos maravilhosos que podemos desfrutar “ao vivo” e de forma ATIVA. Isso para todos nós. Adultos, jovens, crianças e futuras crianças do nosso país.
Pelo bem físico e mental de todos. Pela cultura, educação e arte. Pela vida que por si só significa: "processo em curso do qual os seres vivos são uma parte. Espaço de tempo entre a concepção e a morte." "Metafisicamente, a vida é um processo contínuo de relacionamentos" (Wikipédia).
Vamos então vive-la em contínuo relacionamento.
De preferência mais real que virtual.
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Espero você lá.
Fernanda Ferraz FERNANDAFERRAZ7,JIMDO.COM

CURTIRAM? POEMA DE FERNANDA FERRAZ

Queridos amigos, vejam quão interessante é este POEMA. CURTIRAM?

                                                POEMA de FERNANDA FERRAZ

    CURTIRAM?

 Que mundo é esse onde tudo é virtual, surreal, a um toque dos dedos, porém longe do corpo inteiro? 

Namoros, bate papo, marcação de encontros, comentário de novela e até viagens. Tudo virtual. Como será esse virtual do virtual cada vez mais distante do ser humano, dos sentimentos humanos e das emoções reais?
 Dirão que só sonhadores, alienados, pré-históricos e velhos pensam assim e não se acostumam com o avanço da tecnologia. Pode ser, mas prefiro fazer parte desse velho mundo, onde o social era mais prazeroso.
 Os amigos eram mais reais, mais ao alcance das mãos que a um toque dos dedos.

Os namoros marcados ao pé do ouvido. Os fatos e a vida eram vividos, não apenas passados à sua frente e você curtindo de forma passiva.
 Prefiro a voz ativa.
 A voz da língua portuguesa, que cada vez mais também é virtual e aniquilada. Cadê a nossa língua essencial portuguesa culta padrão?

 O grande lance é exibir. Sua rotina exposta gratuitamente para quem quiser ver, comentar e curtir. 

Curtir?
 Particularmente não me imagino curtindo certas coisas que colocam no tal Face.
 Mas perdão!! Sim, talvez eu seja antiga, desatualizada, arrogante vocês dirão.
 Preocupo-me com o futuro mundo, onde meus filhos irão assistir, participar ou curtir.
 Não sei como irão fazê-lo. Espero que bem, na real. Face a face com os faces, drops, whats, pens, apples, tablets, notes, smarts e afins. Ficamos a mercê de códigos, pontuações impróprias utilizadas como substantivos, adjetivos e superlativos, enfim.
 Muito embora não saibam a classificação sintática, nem mesmo o que sejam tais expressões. Grau do adjetivo, por exemplo, confundido com temperatura. Mostrar que é verbo quando indica algo e diverge da amostra grátis que você ganha do seu médico ou da amostra de frutas da feira da esquina.

Meia é meia. É coisa. Você pode usar por baixo do sapato ou outro que sirva de base para seu pé.

Mas quando expressamos metade é meio mesmo, que você deve usar.

 Os plurais e a nova ortografia. Tem palavras, que confesso, são sim bem ruins para falar quiçá escrever. Eu juro que entendo. Nossa língua é muito complexa. Mas é bela. Talvez a mais bela do mundo.

 Acredito na boa herança herdada dos nossos colonizadores há mais de 500 anos.

 Espero que mesmo poucos façam bom proveito dela.

 Eu estou tentando fazer a minha parte.

       Curtiram?

sexta-feira, 24 de abril de 2015

CULTIVARES? POEMA DE FERNANDA FERRAZ

Cultivares? Cultivares a forma, planta cultivada, genótipo do fenótipo selecionado? Cultivas tu? Cultivo do cultivo do culto cult do amor? Cultivamos nós? O que é a vida sem o cultivar? Nem todos sabem o cultivar do cultivar de se doar. O cultivar do querer bem. Do fazer o bem. Cultivais vós? Saibamos expressar em verbos esse verbo amar. Em todas as suas conjugações, indicações. Do infinitivo ao superlativo em ações que causem o seu verdadeiro sentido. Pois amar não possui sentido completo se nenhum complemento o acompanhar. Cultivam eles? Cultivam? Do cultivo da terra, da vida. Colheremos os frutos furtivos ora previsíveis da semente em flor. Fortuitos frutos frutíferos semeados, arados permeados de amor. Será que eu cultivo? Saibamos cultivar esse cultivares que é a vida. Todos os dias há de ser vivida. Em verbos desse verbo amar. Cultivará a vida quem à vida for destemido. E quem quer da vida que se é vivida.

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PELO BEM DO BRASIL: DESCONSTRUÇÃO DO POEMA CULTIVARES? POEMA DE FER...: "CULTIVARES?" além de ser um dos meus poemas preferidos, também foi dos mais elogiados. A construção comparativa de verbos e s...

domingo, 19 de abril de 2015

JOÃO DE BARROS, O ARQUITETO SEM DIPLOMA

JORNAL TESTEMUNHO DE FÉ (de 19 a 25 de abril de 2015)

Jornal Testemunho de Fé (de 19 a 25 de abril)

Nathalia CardosoemO Testemunho de Fé - Há 2 dias
*Sacerdotes da Misericórdia* No dia 11 de abril, a Arquidiocese do Rio ganhou três novos padres: Edvaldo Júnior, Jorge Nei e Thiago Bartolli (Página 5). *Veja os destaques:* Transbordamento de alegria e força – *Editorial* (Página 2) A virtude da esperança, em Cristo somos testemunhas – *Voz do Pastor* (Página 3) Waldemiro Carius: uma história de serviço e dedicação – *Memória *(Página 4) Missa de Páscoa na Cracolândia – *Arquidiocese* (Página 6) E depois? – *Arquidiocese* (Página 7) Padre ‘sorriso’ – *Jubileu *(Página 10) São Jorge: o santo guerreiro – *Padroeiro *(Página 12) ... mais »

quinta-feira, 16 de abril de 2015

"GOTAS DO ORVALHO" - POEMA DE FERNANDA FERRAZ

O POEMA DA SEMANA, de FERNANDA FERRAZ
GOTAS DE ORVALHO
Ali ficou. Na esquina da rua.
Parada inteiramente à sombra.
Caminha pausadamente. Busca algo.
Repentinamente surge à sua frente e a envolve, uma armadura quente.
Instantaneamente a prende.
Pega suas mãos. A aquece do frio. Puxa para seu calor. Suor e vapor.
Dedos que suavemente passeiam. Pela boca e face. Tudo reluz.
Na rua. A mesma rua.
Os dois ali. Como gotas do orvalho.
Mãos que escorrem pelo corpo. Olhos que pousam sobre os olhos.
A pele responde em brasa. Entregam-se em suave balanço entrelaçados.
Vulcão que tira fôlego e a respiração. Beijos e mais beijos.
Gotas do orvalho. A mesma gota. O Mesmo orvalho.
Esquecem tudo. Até onde estão.
Tão entregues àquele momento de paixão. No cruzamento daquela rua.
Assim, como afluente e foz. Deságuam e nascem. Renascem a sós.
Os dois. Em estado pleno de condensação.
Vaporização. Gotas do mesmo orvalho.
Nus de paixão.

DESCONSTRUÇÃO DO POEMA "GOTAS DO ORVALHO - de FERNANDA FERRAZ

DESCONSTRUÇÃO DO POEMA ; GOTAS DE ORVALHO
de FERNANDA FERRAZ
“Gotas do Orvalho” é um poema construído tendo como base a criação de imagens.
Faz com que o leitor imagine a cena que está sendo narrada em forma de versos.
Gosto desse tipo de construção, pois me aproxima do teatro, da interpretação, do meu lado atriz.
No poema há uma mulher parada à espera de algo que não sabe ao certo o que é. Repentinamente aparece à sua frente um homem “armadura quente” que a envolve e seduz. Ela deixa-se seduzir. O local é a rua onde ela caminhava e estava parada a algum tempo.
O poema nitidamente mostra que os dois se entregam àquele momento sem se quer perceber aonde estão. Como "gotas de orvalho" que surgem naturalmente.
A metáfora traz a sensação de umidade, "condensação " (junção dos corpos em um só) em forma de gotas, que no para o poema é o suor.
É a mudança de temperatura do corpo, que em contato com o frio de outrora transforma-se em "orvalho" ao mesmo tempo para ambos.
É a paixão.
Faz a gente por vezes esquecer até mesmo onde estamos.
Para finalizar a condensação leva à vaporização. As metáforas denotam a transformação de energia e envolvimento do casal, desde que a chama ascende e transborda como um rio: afluente e foz e a água retorna ao estado normal.

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Fernanda Ferraz

quarta-feira, 15 de abril de 2015

O MUNDO EM MINIATURA

HOMILIA DO 2º DOMINGO DE PÁSCOA (12042015)

Homilia do 2º Domingo de Páscoa (12.04.15)

Homilia do 2º Domingo de Páscoa (12.04.15)
Pe. Luiz Carlos de Oliveira
Redentorista
“Meu Senhor e meu Deus!”

Homilias Dominicais - Pe. Luiz Carlos de OliveiraDomingo da Misericórdia
A misericórdia lembrada nesse domingo como um atributo de Deus, não é um sentimento de dó que esperamos, mas é projeto fundamental de Jesus. Não é devocional nem fruto de piedade. É expressão do ser de Deus que nos conduz à fé em Jesus. Zacarias reconhece que o nascimento de João Batista foi obra da misericórdia de Deus que veio visitar seu povo (Lc 1,78). E Maria proclama que “sua misericórdia se estende de geração em geração sobre aqueles que O temem” (50). A misericórdia se manifesta no envio de seu Filho para nossa salvação. Ela continua em ações e culmina em sua entrega à morte.
O fruto da misericórdia é sua ressurreição. Misericórdia não é dó dos sofredores e, muito menos está voltada somente para o perdão de nossas fragilidades, mas para remissão total dos pecados dando o Espírito Santo: “Recebei o Espírito Santo! A quem perdoardes os pecados eles lhes serão perdoados” (Jo 20,22-23). Misericórdia é aceitar nossa fé frágil e exigente como a que manifestou Tomé. Essas maravilhas de Deus nos convidam a crer em Cristo para ter vida eterna. Crer é amar. Não é saber o código de doutrinas. Nossa fé é grande vitória que vencerá o mundo, fazendo-o de Deus. João é claro quanto ao modo de viver nossa fé pelo amor: “Todo o que crê que Jesus é o Cristo, nasceu de Deus e quem ama aquele que gerou alguém, amará também aquele que Dele nasceu. Podemos saber que amamos os filhos de Deus quando amamos a Deus e guardamos os seus mandamentos” (1Jo 5,1-2).
A Páscoa cria e desenvolve a comunidade.
A misericórdia constrói a comunidade. O texto dos Atos dos Apóstolos narra como a Ressurreição gerara uma vida diferente nas comunidades cristãs primitivas. Sabemos que a perfeição não era total, mas a comunidade era viva e aberta à misericórdia: “A multidão dos fiéis tinham um só coração e uma só alma” (At 4,32-35). Sair de si para ir ao encontro do outro é o fundamento da vida nova que se concretiza na comunidade. O encontro com Cristo levava os irmãos a se desapegarem dos bens materiais, colocando-os em comum, pois o irmão é a maior riqueza. Sabemos que esta é uma das provas de que a Eucaristia é um bom equilíbrio social. Se alguém passa fome ou sofre outros males na comunidade é porque a Eucaristia não é bem celebrada. Deus oferece um mundo novo, mas o egoísmo projeta um mundo de divisões e males sem fim. A celebração anual da Páscoa é um estímulo à renovação de nosso mundo. Não um mundo distante, mas aquele no qual vivemos. A misericórdia que se fixa só na devoção e não muda o coração não condiz com a mensagem redentora de Jesus que deu a vida para dar-nos vida nova.
Compreendamos melhor o batismo
A Páscoa é definitiva. Vamos aos poucos compreendendo seu sentido e sua força em nossa vida. Por isso a oração da Eucaristia nos leva rezar: “Aumentai em nós a graça que nos destes. E fazei que compreendamos melhor o batismo que nos lavou, o Espírito que nos deu nova vida e o sangue que nos redimiu”. A Páscoa é um grande dom. E concluímos a celebração com um desejo: que conservemos em nossa vida o sacramento pascal que recebemos. Em tudo fomos transformados para levarmos adiante essa transformação. Como Tomé podemos repetir sempre e em tudo: “Meu Senhor e meu Deus”. Esta é a maior proclamação de fé que possamos fazer e que Tomé fez por nós. Por isso somos chamados felizes porque não precisamos tocar, pois cremos (Jo 20,29).
Leituras:Atos 4,32-35; Salmo 117; 1João 5,1-6; João 20,19-31
Ficha nº 1430 – Homilia do 2º Domingo de Páscoa (12.04.15)
  1. A liturgia deste domingo acena à misericórdia que não quer dizer dó, mas é projeto de Jesus. Não é devocional. A redenção foi obra da misericórdia de Deus que continua nas ações de Jesus. O fruto da misericórdia é a Ressurreição e o Dom do Espírito. Misericórdia é aceitar nossa frágil condição. A fé é a vitória sobre o mundo. Aquele que ama Deus amará também o que Dele nasceu.
  1. A misericórdia edifica a comunidade. A comunidade apostólica era frágil e era um só coração e uma só alma. Sair de si e ir ao encontro do outro é o fundamento da vida nova que se concretiza na comunidade e realiza a comunhão de bens. Essa comunhão não permite que o irmão passe fome. Por isso podemos celebrar a Eucaristia. A Páscoa renova o mundo. Ainda falta muito para ser verdade.
  1. É aos poucos que compreendemos o sentido e a força da Páscoa em nossa vida. É tempo de compreender o batismo que nos lavou, o Espírito que deu nova vida e o Sangue que nos redimiu. Pedimos para conservar o sacramento pascal que recebemos.
                                                   
            Crer sem tocar.
            Após a Ressurreição Jesus se manifestou por diversas vezes aos discípulos. De preferência aparecia aos discípulos reunidos. A comunidade é o lugar mais importante para a manifestação do Ressuscitado. Para crer em Jesus não é preciso tocar. Basta a fé, o que faltou para Tomé. Os que creram se reuniram. Sua unidade e amor eram a primeira pregação.
Para a fé ser verdadeira a união é necessário o desapego dos bens, como nos narram os Atos dos Apóstolos. A comunidade primitiva primava pela união: “A multidão dos fiéis era um só coração e uma só alma… tudo entre eles era posto em comum” (At 4,32).
Ver o Ressuscitado era condição para poderem se juntar e se unir.
Na aparição,B Jesus dá o Espírito Santo aos discípulos para o perdão dos pecados. É o projeto de reconciliação do mundo, pois amar o Pai e seu Filho Jesus é a base da vida da comunidade. “Todo o que crê que Jesus é o Cristo, nasceu de Deus” (1Jo 5,1). Para ser verdade nosso amor a Deus, temos que observar seus mandamentos. Observamos porque temos fé. Esta fé vence o mundo. Tomé queria tocar para crer. Felizes somos nós que cremos sem precisar tocar.
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domingo, 5 de abril de 2015

A RESSURREIÇÃO DE CRISTO: FONTE DE NOSSA ESPERANÇA

05/04/2015 00:00

A ressurreição de Cristo: fonte da nossa esperança 0

05/04/2015 00:00
Ressoa em nossos ouvidos a alegria do grito contido em nossos corações nos dias de Quaresma: “Aleluia! Cristo ressuscitou como disse! Aleluia!”
A cada ano, Deus nos dá a graça de nos renovarmos pela celebração da Páscoa de seu Filho. Sempre é a sua Páscoa que celebramos quando nos reunimos em assembleia. Todavia, faz-se necessário, nesta solenidade anual, renovar a nossa esperança e reavivar em nossa mente a força desse acontecimento glorioso.

Somos filhos da ressurreição e hoje nos reunimos nesta assembleia, ao redor da mesa da Palavra de Deus, para recebermos o alimento dos ressuscitados, daqueles que vivem na luz, porque são filhos da luz!

Foi num dia como hoje, num domingo, no primeiro dia da semana, que Maria Madalena foi ao túmulo, quando ainda estava escuro, e, vendo a pedra removida percebeu que lá não estava mais o seu Senhor. Ela pensava que haviam levado o corpo do Senhor. Todavia, João nos revela no seu evangelho, que quando ele entrou no túmulo, depois de ter dado a precedência a Pedro, ele viu os sinais – o túmulo vazio, os panos enrolados em um lugar à parte – e ele, então, acreditou. Em que João acreditou? Acreditou na Palavra que Cristo havia lhes dito: que Ele devia ressuscitar dentre os mortos. Até que essa Palavra se cumprisse os discípulos ainda não haviam entendido o que ela significava.

Madalena, João e Pedro se anteciparam. Foram movidos pelo amor. Maria Madalena, nos diz o evangelho, vai ao sepulcro enquanto ainda está escuro. Ela é a primeira a ver os sinais da ressurreição e será, também, a primeira a ver o Ressuscitado. Ele aparece a uma mulher; a alguém cujo testemunho não gozava de autoridade. Ele sempre e continuamente escolhe os pequeninos. Devemos fazer como ela. Antecipemo-nos para contemplar o Senhor na sua ressurreição. Corramos como João e Pedro que quiseram também ver o que Madalena havia visto. Era o Ressuscitado que interiormente os atraia. O Ressuscitado também interiormente nos atrai. E nós, ainda também no escuro, nas trevas do nosso coração, somos movidos e conduzidos para a luz da ressurreição, para esse encontro pascal.

A ressurreição de Cristo é o centro da nossa fé. Como nos diz São Paulo em seus escritos: “Se Cristo não ressuscitou, vã é a nossa fé.” A sua ressurreição é um fato histórico. Pedro se coloca como testemunha da ressurreição, como ouvimos na primeira leitura. A primeira a encontrar o Ressuscitado e a dar testemunho disso aos irmãos é uma mulher; alguém cujo testemunho não era assim tão relevante. Se os evangelistas conservaram esse testemunho, isso é sinal de que eles não inventaram nada, mas pelo contrário, o encontro com o Ressuscitado foi tão forte que os fez entender tudo o que Cristo havia dito e realizado sob um novo olhar. O que antes eles viam “sem realmente ver” e ouviam “sem realmente ouvir”, agora se lhes torna claro, porque recebem a luz da ressurreição.

Mergulhados no meio da desesperança e de palavras de morte olhamos para a ressurreição do Senhor. Ela é a fonte da nossa esperança. Às vezes pensamos que Cristo poderia ter ressuscitado, realizado o julgamento de todos e estabelecido o seu reino e pronto. Todavia, nos teria sido negada a maravilhosa aventura da vida. Dessa vida cheia de tribulações, dessa vida que teme a morte, mas que pode olhar para a ressurreição e transfigurar tudo. É maravilhoso saber que Cristo venceu o nosso maior temor. No fundo tememos a morte. Pecamos também porque tememos a morte e queremos aproveitar ao máximo todas as sensações e prazeres desse mundo. Mas, quando percebemos que a morte não nos apavora, que Cristo a destruiu em nossa carne mortal, que embora tenhamos de passar por ela, ela já foi destruída, isso nos enche com um novo ânimo, nos faz querer caminhar mais, nos faz querer ir ao encontro de Cristo, para encontrar a nossa vida que, com Ele, como nos diz o apóstolo, está escondida.

O que deve ser a nossa vida aqui? Nós, que ressuscitamos com Cristo, devemos nos esforçar por encontrar as coisas do alto, onde está Cristo. A nossa vida não deve ser outra coisa que anunciar a ressurreição, com nossas palavras e com nossa vida. Não basta dizermos que Cristo ressuscitou, é necessário que sejamos nós mesmos pessoas-anúncio, pessoas-sacramento dessa presença do Ressuscitado no meio do mundo. Devemos aspirar às coisas do alto. A nossa vida está escondida com Cristo e, se queremos a vida, devemos cada vez querer encontrar a Cristo. Meus irmãos, desejo que a nossa penitência quaresmal tenha sido uma autêntica busca de Cristo. Se apenas sacrificamos o nosso corpo, isso agora vai desaparecer no tempo pascal, sem deixar vestígio algum. Todavia, se aquilo que aos olhos humanos parecia sacrifício e renúncia era uma autêntica busca de Cristo, o exercício agora se tornará uma prática, diária e constante e cada vez mais estaremos próximos daquele que é a Vida.

“Este é o dia que o Senhor fez para nós. Alegremo-nos e n’Ele exultemos!”, nos diz o salmista. Alegremo-nos sabendo que “a mão direita do Senhor nos levantou”. Ele nos levantou do pecado, das trevas e da morte e nos deu uma vida nova e, quando passarmos deste mundo para o Pai, Ele nos levantará definitivamente. Alegremo-nos e vivamos estes 50 dias como um grande e único domingo, como um dia de festa solene, em que a alegria do Ressuscitado enche o nosso coração de luz.

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sábado, 4 de abril de 2015

RESSURREIÇÃO E ASCENÇÃO DE JESUS CRISTO

 AINDA COM AS IMAGENS DE METAL, FEITAS POR UM                      
  ARTISTA QUE ERA UM DEVOTO DE JESUS,
       CUJO NOME NÃO FOI MENCIONADO.
             
             UM TRABALHO BELÍSSIMO
   JESUS RESSUSCITA PARA A VIDA  ETERNA,
          TRES DIAS APÓS SUA MORTE
       
"...A FÉ TRANSFORMA CORAÇÕES, A FÉ
         TRANSFORMA A  SOCIEDADE"


                                 















                 JESUS ASCENDE AO CÉU    
   EM CORPO E ALMA, HUMANO QUE ERA.
                         
              JESUS VENCE A MORTE


                






















                               



           FELIZ  PÁSCOA

UM CARINHO PARA TODOS          
               SUZANA




DESCONSTRUÇÃO DO POEMA "NATIVOS DIGITAIS" DO LIVRO AINDA HÁ TEMPO... DE FERNANDA FERRAZ

A crônica NATIVOS DIGITAIS traz ao debate o tema da educação e como estamos conduzindo a mesma com as nossas crianças. O futuro desses "anjos", que aprendem antes mesmo de ler, a deslizar seus dedos e descobrir o mundo virtual repleto de cores, jogos, redes sociais e futilidades.
Claro que devemos valorizar os benefícios que a tecnologia oferta a cada dia.
Mas o que a crônica propõe é não supervalorizar essa relação virtual sobreposta ao convívio social real....
 Ver mais

Obrigada, meu irmão. Conto mesmo contigo. O livro "Ainda há tempo..." fora revisado por você com precisão, profissionalismo e seriedade. Não podia ser diferente por você ser essa pessoa que desde menino sempre foi correta, comprometida e competente. Beijos
FERNANDAFERRAZ7.JIMDO.COM


NATIVOS DIGITAIS - FERNANDA FERRAZ

Nativos digitais

Impressiona quantas crianças carentes no mundo, carentes do mundo,
de afeto e atenção são tão concentradas no uso da tecnologia....
Ver mais

quarta-feira, 1 de abril de 2015

ORAÇÃO DO PAI NOSSO MEDITADO

Apresentação em tema: ORAÇÃO DO PAI NOSSO MEDITADO