quinta-feira, 30 de abril de 2015

DESCONSTRUÇÃO DO POEMA "CURTIRAM? de FERNANDA FERRAZ

Quantos de nós temos esta preocupação?
DESCONSTRUÇÃO DO POEMA " CURTIRAM? " de FERNANDA FERRAZ
A crônica da semana é “CURTIRAM?”
“Curtiram?” faz o leitor refletir sobre um tema atual que é o facebook e o uso desenfreado da tecnologia.
Além disso exponho na crônica a preocupação com o futuro das crianças e jovens em relação ao uso da nossa Língua Portuguesa, pois nas redes tudo é possível, tudo é abreviado, e a norma culta padrão cada vez mais aniquilada e esquecida. Acredito que um dia será fundamental na vida deles.
Não que eu seja contra o facebook. Também sou usuária e sei dos benefícios, principalmente profissionais, que ele proporciona. É incrível o poder de alcance do mesmo e isso sendo conduzido de forma positiva é maravilhoso.
A crônica tem como estilo o humor. Aliás uma das características da minha personalidade.
O uso da palavra “curtir”, tão usada no facebook, brinca com a questão central que é a exibição pura e o uso da tecnologia sobreposto ao convívio sócia: a realidade da vida.
A crítica está na raiz de usarmos a tecnologia à nosso favor e prazer sem nos esquecermos do contato físico, dos encontros reais, do telefone, do “ao vivo e a cores”.
Algumas curiosidades de vocubulário:
No dicionário informal a palavra curtir significa: desfrutar com grande prazer,aproveitar, tirar proveito ou vantagem, geralmente de alguma coisa boa, legal, interessante ou lucrativa. Gostar, adorar, ver e ouvir.
Já no dicionário formal curtir significa: tornar imputrescível e mais brando (couro, pelo); Preparar, pondo de molho em líquido adequado; Conservar em salmoura; Remolhar para extremar a parte filamentosa de (planta têxtil);Fermentar; Endurecer pela exposição às intempéries; Tornar-se calejado, endurecido, insensível; Aguentar, padecer, sofrer: “Curtir afrontas, censuras, penas. Em tua dor curtiu angústia imensa" (Barão de Paranapiacaba”. Passar ou viver sofrendo.
Que contradição! Só mesmo nossa língua portuguesa tão rica para possibilitar que uma palavra seja tão múltipla.
Mas vamos voltar à crônica em questão.
"A um toque dos dedos, longe do corpo inteiro... virtual do virtual…"
As crianças com maestria já suavizam seus dedos e baixam aplicativos com a maior facilidade.
O que questiono é o uso desenfreado da tecnologia e o consequente vício que esse uso pode acarretar nos pequenos. Questiono se quando adultos terão dificuldade em viver situações reais.
Participar do mundo. Viver a vida com alma e corpo presentes. Aprender e continuar aprendendo e disseminando aprendizado por onde passa.
Por isso prefiro a VOZ ATIVA.
A PASSIVA apenas assiste. Não se entrega a viver, a sofrer e a ter prazer. REAL E CONCRETAS.
Espero que brincando com as palavras, essa crônica possa de alguma forma transmitir que devemos sim usar a tecnologia atual e as futuras para nosso enriquecimento , prazer e trabalho, porém sem nos esquecermos do dia a dia real, dos momentos maravilhosos que podemos desfrutar “ao vivo” e de forma ATIVA. Isso para todos nós. Adultos, jovens, crianças e futuras crianças do nosso país.
Pelo bem físico e mental de todos. Pela cultura, educação e arte. Pela vida que por si só significa: "processo em curso do qual os seres vivos são uma parte. Espaço de tempo entre a concepção e a morte." "Metafisicamente, a vida é um processo contínuo de relacionamentos" (Wikipédia).
Vamos então vive-la em contínuo relacionamento.
De preferência mais real que virtual.
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Mande seus comentários, dê sua opinião, sua interpretação ou perguntas sobre essa crônica no nosso canal.
Espero você lá.
Fernanda Ferraz FERNANDAFERRAZ7,JIMDO.COM

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